terça-feira, 25 de novembro de 2008

S e n t i r S en t ir SE NT I R














Vale a pena Sentir

nem que seja
para depois deixar de sentir

P E S S O A
{ALBERTO CAEIRO}


A beleza das coisas
do mundo
da vida
das naturezas
só pode ser sentida devidamente, quando Pintada


Deus faz de mim um homem bom.
Mas não já!

dE Reviver em Brideshead {Série de TV}


Ter medo da Loucura é já em si Loucura.

ÁLVARO DE CAMPOS

segunda-feira, 27 de outubro de 2008



A felicidade é a sala de estar da felicidade


{dito e acreditado por 1 filósofo,
psicólogo, não posso
precisar:
pergunte(m)
ao Bernardo R.}

sábado, 12 de abril de 2008

A Z E R U T A N


na Galeria da Fundação Marquês de Pombal


Inaugurou a 5 de Abril o Universo pintado -musicado & fotografado: AZERUTAN {sign. natureza, escrito no dialecto do Azerutanês, 'criaccionado' para a realidade em causa} - num Colectivo de artistas: Sérgio Correia -o pintor e Sofia R. Sousa -a 'fotógrafa'.

Estará em exposição, todos os dias excepto aos domingos, no Palácio dos Aciprestes situado em Linda-a-Velha, na Galeria da F.M.P até ao dia 24 do presente mês; Sempre entre as 15 e as 18 horas.

Como surge e se apresenta AZERUTAN ... «As fotografias são deuses & as pinturas - imagens e devorações, furacões de cor e forma como ainda, transcendência: sem nome...».

segunda-feira, 31 de março de 2008

cEntenÁryo de S.Beauvoir


sIMONE DE bEAUVOIR
eM bRAÇO DE pRATA


MARAVILHOSO AO QUE ASSISTI...
E O ECONÓMICO PENSADO NU FEMININO -
questão deentre muitas que ficaram...
erotismo masculino-animal
& erotismo masculino-feminino...
...
Seminários, actividades, conversas
conferências e debates
seguramente
de enorme interesse
sempre
em
Braço de Prata
(fábrica, antiga, no Beato)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Tudo quanto é humano me interessa.

Viver é coisa de mar, cheira a horizonte.
Que mais é preciso?
E só é preciso o que existe -
eu é que exijo tudo o que existe.


(...) Um dia nos libertaremos da morte sem deixar de morrer
1942
Jorge de Sena

quarta-feira, 19 de março de 2008


«… Somos fenómenos atmosféricos:

nuvens sonoras pairando …».

Maria Gabriela Llansol, Finita;

§§§§§§§§



sexta-feira, 14 de março de 2008



14 Março
19h00
In Byblos

Maria Gabriela Llansol

Ler em comunidade, a várias vozes: Amar um Cão,
uma ‘relação de alma crescendo’
Organização: Maria da Conceição Caleiro / Byblos
Com Hélia Correia, João Barrento, Jaime Rocha,
José Tolentino de Mendonça, Isabel Allegro de Magalhães,
Manuel Rosa,
& ....

sexta-feira, 7 de março de 2008

Poem Y Jorge Luís Borges







Não te esqueças de mim,
dizem os homens uns aos outros,
afastando-se

Casimiro de Brito


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JORGE LUÍS BORGES

Não é tão conhecido nesse particular, mas Borges é também um EXcelentíssimo poeta.
Dois exemplos de como se pode iluminar de um outro ângulo bocados da cidade que só servem para inventários obscuros; locais que nem os mais astutos taxistas conhecem.
Olhemos para os caminhos:
"...nos próprios becos havia céu que chegasse para a felicidade"
Para os armazéns:
"e os armazéns eram meigos nas esquinas como se esperassem por um anjo."
Estes são versos de um poema chamado "Elegia dos portões".
Depois destes versos olhamos para os pormenores,
degradados ou não, pormenores escondidos, e quase nos é feita a exigência moral: leva para o centro o que está escondido; mostra que a perna esquerda da leitura é uma bela perna esquerda se para ela olhares com a atenção certa
e a descreveres com um vocabulário distinto do habitual.
Frases raras tornam altivo o que parecia medíocre. Eis a tarefa do bom observador, utilizando apenas a língua e os olhos.
Estamos perante versos que urbanizam de novo a cidade, e esta é uma tarefa fundamental da escrita: elevar o que é baixo, amedrontar o que é forte e alto.
«o dia era maior nos teus caminhos
que nas ruas do centro
porque nos teus buracos se aninhava o céu.
Jorge Luís Borges nasceu em 24 de Agosto de 1899 em
Buenos Aires. Buenos Aires é a cidade de Borges,
Borges é a cidade de Buenos Aires. Uma cidade e outra merecem ser visitadas.
São duas leituras diferentes, mas duas leituras. O leitor, depois de as ler -
às 'cidades' Buenos Aires e Borges - olhará de modo diferente
para a sua cidade natal. Regressamos com outra música, com outro ritmo
de observação.
Torna-te mais lento a olhar para as coisas
e olha para as coisas que são lentas.
Eis dois conselhos que dou a mim próprio.»

Gonçalo M. Tavares, Revista 30 Dias - Fevereiro(Concelho de Oeiras)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A Ç . . .

«…Escuta isto: de onde não sai rumor. Repete isto: para todo o sempre. Nenhuma explicação te é lícita, nenhuma transacção é possível. A morte não espera nem atende. É estúpida. Primeiro é estúpida, depois é incompreensível. É tremenda porque contém em si mistificação ou beleza. Absurdo ou uma beleza com que não posso arcar. O nada ou uma coisa que a minha imaginação não atinge. Se é o mistério, e se desvenda de um golpe, apavora-me. Se é o nada, repugna-me. Apenas um minuto, e lá em cima as mesmas estrelas, e outros vagalhões de estrelas… Para ela tanto vale um segundo como um século, carrega um ser inútil ou um ser delicado com a mesma indiferença para o túmulo. Tens passado a vida a esperá-la. Que outra coisa fizeste na vida senão esperar a morte. Então para que nasci? Para ver isto e nunca mais ver isto? Para adivinhar um sonho maior e nunca mais sonhar? Para pressentir o mistério e não desvendar o mistério? Levo dias, levo noites a habituar-me a esta ideia e não posso. Tenho-te aqui a meu lado. Nunca se cerra de todo a porta do sepulcro. Estou nas tuas mãos… Adeus sol que não te torno a ver. Árvores, adeus árvores que minha mãe dispôs; adeus pedra gasta pelos passos e que meus passos ajudaram a gastar; adeus ternura para a minha sede, fruto escondido – para sempre! Para todo o sempre Tenho-te horror e odeio-te. Interrompes os meus cálculos. És o maior dos absurdos. Ver para não ver, ouvir para não ouvir, viver para morrer!...»

Raul Brandão, Húmus

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

h ú M u §









A vida é nada - é esta cor, esta tinta, esta desgraça. É saudade e ternura. É tudo. É os meus mortos e os meus vivos. Levo pena de tudo, até da fealdade. Agarro-me a tudo, tudo me prende, o sonho que não existe, as horas inúteis, o possível e o impossível. A floresta não faz parte do meu ser, e eu tenho aquia a floresta, o som e o aroma da floresta, a vida da floresta: o céu naõ faz parte do meu ser, e eu sou o céu profundo, o céu trágico e o céu esplêndido. Dá-me a viad - dou-te tudo em troca... Agarro-me como um náufrago, agarro-me com uma saudade, que vem não só de mim, mas muito mais longe, da base mesmo da vida. Para sempre! Para todo o sempre! E, com um suspiro mais fundo, repete: -Suprimi a morte, vou ressuscitá-los!
A noite vem, a noite avança. Sinto os mortos. Ainda vivo, já estou em seu poder: faço parte da legião. Noite imensa sem gritos. Pior que sofrer é não sofrer - para sempre. É nunca mais sentir. E ter as órbitas vazias voltadas para o céu e nelas não se reflectir a luz das estrelas. Mais um passo e é o silêncio absoluto. Mais um passo e tapas-me para sempre a boca.

Não importa ser feliz - não me importa ser desgraçado. O que me importa é o que há depois, é o que está por baixo da terra e o que está por cima da terra.

Raúl Brandão, Húmus

sábado, 2 de fevereiro de 2008

De beber pelos olhos
e ser...

















Pode perder-se a alma bocejando
Y.K.Centeno

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

STABAT MATER & O QUE RESTA DO DIA

(fala/ voz de) Maria
O mundo não vai estar à espera do cristo
do meu filho
porque o mundo levantou-se mais cedo que todos
os poetas e profetas
junts
(...) e toda a gente que acorda acorda sempre
depois do mundo
e tem de se pôr na bicha
António Tarantino, Stabat Mater


Porque durante a guerra nos falavam sempre
de antes da guerra, de como todos eram todos
ingénuos, tenho agora o máximo cuidado,
ao deitar qualquer coisa fora, por exemplo,
uma caixa de papelão, peço a Deus
para que a caixa de não volte nunca
a assaltar-me em forma de remorso;
lembras-te ainda como nós, despreocupados,
deitávamos fora caixas sem pensar!
Se tivéssemos guardado pelo menos uma,
Se tivéssemosguardado pelo menos uma!
Judith Herzberg, O que resta do dia

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

S E M D E S T I N O

«(...) não há absurdo que não se possa viver naturalmente,
e, no meu caminho, já sei, espreita-me, qual armadilha inelutável, a felicidade.»
in Sem Destino, I. Kertész
***

Mundo imenso - culminante de imperioso simples, nobre puro, capacidade de rir de todo o vivido e de si mesmo. Espuma e cristal de sublime contar (e) o SER... encarnar o maior absurdo - a felicidade nu/ do horror! e sem destino trans-existir... na im)possibilidade... & Haver romance, vida, universo, existência, pontículos que sejam - após Auschwitz, e outros + que inferno(s) e depois de Sem Destino . . .

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

a morte é uma flor





















POEMA-FECHADO, POEMA-ABERTO

aqui as cores correm
para o desabrigado,
o da fonte nua,
o judeu.
Aqui levita
o mais pesado.
Aqui estou eu.

(23-7-1968) Paul Celan
in A Morte é uma Flor/
Poemas do Espólio

nú curação da comunidade



vida breve
coração nu
em planalto
extensão
horizonte
inominável
indizível&
decifrável

de para mim
belo


filmámos livros

livros de sermos

par coeur

***A Comunidade vive 1 suave-sutil-breve
pausa para um próximo Universo
LivroSer & FilmeAmar...
em presentismo e tudo ++++

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

JANEIRO MARAVILHA !!

DIA 17
Visionamento de:
«Nuit et brouillard»/«Noite e nevoeiro»
de A. Resnais
em Confronto com o inacabado
«Passenger» de Munk
& ainda...
Sentires de o livro e do filme -
«Sem Destino»
{para + informações ver mensagens
anteriores: local, sala, horas, feeling}

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Olhares Iluminados de Não Dito








100 palavras a vivência do Passenger de Munk - inacabado e quanta subtil candura, [mas] que holocausticamente fala tudo nas paragens, olhares, planos, 'travellers' (para usar 1 termo dito pelo Pedro membro da Comunidade CNFL) luz, sombras, símbolos, silêncios.... não ditos não vistos não imaginados para SENTIR - aquele milagre de tudo e assim SER o simples ser de Caeiro pessoano que há em nós!... Ofertou-nos ainda.. 1 das cenas de amor-paixão-salvação-existência + indescritívelmente intensa de sempre... quantas lágrimas {jorradas} neste olhares iluminados de não dito... e o resto

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

MEMORANDO A LUIZ PACHECO


«Não tenho imaginação.
O que escrevo é a minha vida»
Luiz Pacheco