sexta-feira, 16 de novembro de 2007

a benção da arte...de imagem e contracenações beijadas...


Kubrick viajou-nos até altas horas do início do final de noite de 15 neste luminoso novembro, por entre ondulantes marés de transe-e-corneta-trompete-voz e luz, através de um Lolita Nabokoviano adaptado a um cinema que o nosso olhar inega e assume glória e explendor. Frases curtas plenas de expressão humana, do espaço e religiosos silêncios ambíguos... Actores sem atributos e remissivas, bombasticamente mega-trans-plurióptimos. Planos "haze", surreais ou estupidamente naturais (como Humbert na banheira enquanto 4 personagens lhe vêm dar os pêsamos pela morte de Haze sua última esposa). Perdi a gargalhada crucial e emblemática para o entendimento de "Lolita" no filme... mas não um "fogo" e toque de génio aquando do engendramento feliz de um universo que inicia no final, quadro que liga tão magnificamente Quilty a Humbert, ambos escritores interessantes e repletos de invisibilidades e adivinhações em volta (?), numa duplicidade que reporta ao livro L. - um marco universal inolvidável na história da escrita ficcionada de tempos e tempos ... atravessando futurismos de eternitudes e mais ...

Sem comentários: